Pancreatite Crônica

A pancreatite crônica ocorre quando o pâncreas se torna permanentemente inflamado, resultando em danos progressivos com fibrose e alterações na função pancreática.
As principais causas da pancreatite crônica incluem o consumo crônico de álcool e a pancreatite aguda recorrente. Outras causas menos comuns podem incluir obstrução dos ductos pancreáticos, como cálculos biliares ou estreitamentos, mutações nos genes CFTR, PRSS1, SPINK1 e CTRC, pancreatite autoimune e certas condições médicas, como hipertrigliceridemia.
Os sintomas da pancreatite crônica podem variar, mas geralmente incluem dor abdominal recorrente ou persistente, perda de peso inexplicada, fezes gordurosas, diarreia, náuseas, vômitos e má absorção de nutrientes. À medida que a doença progride, a função pancreática pode ficar comprometida, resultando em diabetes. Uma minoria dos pacientes são assintomáticos e diagnosticados incidentalmente por exames de imagem realizados por outros motivos.
O diagnóstico da pancreatite crônica envolve uma combinação de histórico médico, exames clínicos, exames de imagem e testes laboratoriais. Exames de imagem, como tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM), podem ajudar a visualizar o pâncreas e detectar alterações estruturais. Além disso, exames de sangue podem ser realizados para avaliar a função pancreática e descartar outras condições.
O tratamento da pancreatite crônica tem como objetivo aliviar os sintomas, prevenir complicações e melhorar a qualidade de vida do paciente. Isso pode incluir mudanças no estilo de vida, como cessação do consumo de álcool, tabagismo, uma dieta balanceada e controle do peso. Medicamentos podem ser prescritos para controlar a dor, melhorar a digestão e status nutricional e tratar complicações, como diabetes. Em casos graves ou com complicações, pode ser necessária uma intervenção cirúrgica para aliviar obstruções nos ductos pancreáticos ou remover partes do pâncreas danificadas.