top of page
Cisto do Pâncreas.jpg

Os cistos do pâncreas são sacos cheios de líquido que se formam no interior do pâncreas. Esses cistos podem variar em tamanho, forma e composição, e podem ser benignos, malignos ou benignos com risco de transformação maligna durante a evolução. 

Existem diferentes tipos de cistos do pâncreas, incluindo IPMN, cistadenomas serosos, cistadenomas mucinosos, cistadenocarcinomas, tumores neuroendócrinos císticos e cistos pseudopapilares sólido-cistico ou tumor de Frantz.  Cada tipo de cisto possui características distintas e pode requerer abordagens de tratamento específicas.

Na maioria dos casos, os cistos do pâncreas são descobertos incidentalmente durante exames de imagem realizados para outros propósitos. Muitas vezes, esses cistos são assintomáticos e não requerem tratamento imediato. No entanto, é essencial realizar um acompanhamento médico regular para monitorar o tamanho e as características dos cistos ao longo do tempo.

Em alguns casos, os cistos do pâncreas podem crescer, tornar-se sintomáticos ou apresentar características preocupantes como tamanho aumentado, crescimento rápido, nódulo sólido associado. Nessas situações, o médico especialista pode recomendar a remoção cirúrgica do cisto do pâncreas.

A abordagem cirúrgica para a remoção de cistos do pâncreas depende do tipo de cisto, localização, tamanho e risco de malignidade. A cirurgia pode ser realizada por robótica, laparoscópica ou por meio de uma cirurgia aberta, dependendo da complexidade do caso.

IPMN

IPMN

A Neoplasia Papilar Municnosa Intraductal (IPMN - Intraductal Papillary Mucinous Neoplasm) é um tipo de lesão que afeta o pâncreas e que apresenta um risco potencial de evolução para câncer. O IPMN é caracterizado pelo crescimento anormal das células no interior dos ductos pancreáticos, resultando na formação de cistos ou tumores papilares.

O IPMN é mais comum em pessoas idosas e em sua grande maioria não causa sintomas. A presença de sintomas como dor abdominal, icterícia, perda de peso inexplicada, náuseas e vômitos pode estar associada a uma degeneração maligna destas lesões.

O diagnóstico do IPMN geralmente envolve exames de imagem, como tomografia computadorizada (TC), colangioressonância magnética e ressonância magnética (RM). Além disso, uma ecoendoscopia pancreática pode ser realizada para obter amostras de tecido pancreático e líquido do cisto para confirmar o diagnóstico.

O tratamento do IPMN depende de vários fatores, incluindo o tipo, localização, tamanho e grau de displasia das lesões. Em casos de IPMN de baixo risco, o acompanhamento regular e a observação cuidadosa podem ser suficientes. No entanto, em casos de IPMN de alto risco ou com suspeita de malignidade, a cirurgia para remoção das lesões pode ser necessária.

A cirurgia para tratar o IPMN pode envolver a remoção parcial do pâncreas (pancreaticoduodenectomia, pancreatectomia segmentar ou pancreatectomia corporocaudal) ou a remoção completa do órgão (pancreatectomia total). O tipo de cirurgia recomendado dependerá da extensão da lesão e comprometimento do pâncreas.

A conscientização sobre o IPMN, seus sintomas e o diagnóstico precoce é fundamental para melhorar as chances de um tratamento bem-sucedido. Consultar com especialistas em doenças do pâncreas é crucial para obter informações específicas sobre sua condição e discutir as melhores opções de tratamento disponíveis.

Cistoadenoma Mucinoso

Cistoadenoma mucinoso

O cistoadenoma mucinoso é um tipo de tumor cístico que se forma nas células do pâncreas e é preenchido com um fluido mucinoso, ocorre quase que exclusivamente em mulheres e é mais comum ser diagnosticado após a 4a década de vida. 

Esses cistoadenomas mucinosos do pâncreas são geralmente descobertos incidentalmente durante exames de imagem realizados para outros propósitos ou quando estão associados a sintomas abdominais inespecíficos. Eles são caracterizados por terem um revestimento epitelial que secreta um fluido viscoso semelhante ao muco.

Os cistoadenomas mucinosos do pâncreas são considerados tumores com potencial maligno e a cirurgia para remoção pode ser indicada, sempre levando em consideração a presença de características preocupantes da lesão e o risco cirúrgico específico do paciente em avaliação. Portanto, o acompanhamento médico regular e a avaliação das características do cistoadenoma mucinoso são importantes para monitorar o risco de malignidade.

Quando indicada a remoção do cisto, a cirurgia pode ser realizada por via robótica, laparoscópica ou por meio de uma cirurgia aberta, dependendo das características individuais do paciente e da extensão da lesão.

Cistoadenoma Seroso

Cistoadenoma seroso

O cistoadenoma seroso do pâncreas é um tipo de tumor cístico que são geralmente descobertos incidentalmente durante exames de imagem realizados para outros propósitos ou quando estão associados a sintomas abdominais inespecíficos. Eles são formados por múltiplos cistos pequenos preenchidos com fluido seroso e muitas vezes sua imagem é bem característica nos métodos diagnósticos.

O cistoadenoma seroso do pâncreas é considerado um tumor de baixo risco, com pouca probabilidade de se tornar maligno. Na maioria dos casos, esses cistos são assintomáticos e não requerem tratamento imediato. No entanto, é importante realizar um acompanhamento médico regular para monitorar o tamanho e as características do cistoadenoma seroso do pâncreas ao longo do tempo.

Em alguns casos, quando o cistoadenoma seroso do pâncreas é grande, sintomático ou apresenta características atípicas, a remoção cirúrgica pode ser recomendada. Quando necessária, a cirurgia para remover o cistoadenoma seroso do pâncreas pode envolver a remoção parcial do pâncreas (grande maioria das vezes) ou a remoção completa do órgão.

Pseudopapilar solido

Tumor Pseudopapilar Sólido

O tumor pseudopapilar sólido, também conhecido como tumor de Frantz, é um tipo raro de tumor do pâncreas que ocorre predominantemente em mulheres jovens. Esse tipo de tumor recebe o nome de pseudopapilar devido à sua aparência característica sob o microscópio, apresentando estruturas císticas e sólidas com projeções semelhantes às papilas. 

Os tumores pseudopapilares sólidos do pâncreas são tipicamente assintomáticos em estágios iniciais. À medida que crescem, podem causar dor abdominal leve a moderada, massa palpável no abdômen e, em alguns casos raros, compressão de estruturas vizinhas, resultando em sintomas como icterícia ou obstrução intestinal.

O diagnóstico desse tumor geralmente é feito por meio de exames de imagem, como tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM). Uma biópsia pode ser realizada para confirmar o diagnóstico e descartar outras condições.

O tratamento principal para o tumor pseudopapilar sólido do pâncreas é a remoção cirúrgica do tumor, uma vez que é considerado uma malignidade de baixo grau. A abordagem cirúrgica pode variar de acordo com o tamanho e a localização do tumor, mas a maioria dos casos pode ser tratada por meio de pancreatectomia parcial, que envolve a remoção da porção afetada do pâncreas. 

Geralmente, o tumor pseudopapilar sólido do pâncreas tem um bom prognóstico, com uma taxa de sobrevida elevada após a cirurgia. No entanto, o acompanhamento médico regular é importante para monitorar a recorrência do tumor e garantir a saúde a longo prazo.

bottom of page