Câncer de Pâncreas

O câncer de pâncreas é uma doença grave que afeta as células pancreáticas. Esse tipo de câncer é conhecido por ter uma taxa de sobrevida relativamente baixa, principalmente devido ao fato de ser frequentemente diagnosticado em estágios avançados. Os principais fatores de risco são história familiar de câncer de pâncreas, inflamações crônicas do pâncreas, mutações genéticas, consumo de tabaco, álcool, obesidade e sedentarismo.
Os sintomas do câncer de pâncreas podem variar e podem incluir dor abdominal, perda de peso inexplicada, icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos), falta de apetite, fadiga e alterações no hábito intestinal. É importante destacar que esses sintomas podem ser inespecíficos e estar presentes em outras condições de saúde, por isso é fundamental consultar um médico para uma avaliação adequada.
O diagnóstico do câncer de pâncreas geralmente envolve uma combinação de exames de imagem, como tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM), além de exames de sangue e biópsia para confirmar o tipo e estágio do câncer.
O tratamento do câncer de pâncreas depende do estágio da doença, da localização e da saúde geral do paciente. As opções de tratamento podem incluir cirurgia, quimioterapia e radioterapia. Sempre que a doença é localizada apenas no pâncreas, que o tumor é ressecável e o paciente tem condições clínicas de ser submetido ao procedimento, a cirurgia é recomendada pois é o único tratamento potencialmente curativo para a doença. Na grande maioria das vezes a cirurgia é associada a quimioterapia, podendo ser pré e pós operatória ou apenas pós operatória.
Além do tratamento convencional, existem também ensaios clínicos e terapias em desenvolvimento para o câncer de pâncreas, oferecendo esperança para novas opções de tratamento. Através da amostra do tecido tumoral é possível fazer um estudo genético específico de cada tumor, permitindo uma abordagem mais precisa e personalizada no tratamento.
O câncer de pâncreas é uma doença complexa e cada caso é único, é essencial buscar atendimento médico especializado. O diagnóstico precoce e tratamento adequado podem desempenhar um papel crucial na gestão dessa condição.
Rastreamento do Câncer de Pâncreas
Alguns pacientes apresentam risco aumentado para o desenvolvimento do câncer de pâncreas. Nestes pacientes está indicado o rastreamento por especialista com objetivo de diagnóstico precoce do câncer, mudando significativamente o desfecho destes pacientes ao se diagnosticar uma lesão inicial ou pré-invasora.
Merecem avaliação os pacientes com história familiar de câncer de pâncreas mesmo sem mutação genética conhecida responsável, os pacientes com síndromes hereditárias relacionadas ao câncer de mama e ovário (BRCA1, BRCA2, PALB2), melanoma familiar (CDKN2A), Peutz-Jegher (STK11), câncer de cólon hereditário não polipóide, Síndrome de Lynch (MLH1, MSH2, EPCAM), pancreatite hereditária (PRSS1, SPINK1), ataxia telangiectasia (ATM) e Li-Fraumeni (P53).
Pacientes com lesões císticas incidentais também devem ser avaliados pois na maioria dos casos existe a indicação de seguimento pelo risco de desenvolvimento de câncer de pâncreas na própria lesão ou de lesão sólida em outro local do pâncreas.
Pacientes com pancreatite crônica não hereditária também apresentam risco aumentado de câncer de pâncreas pela inflamação crônica, especialmente em pacientes tabagistas.
Se você tem dúvida com relação ao seu risco de desenvolver câncer de pâncreas e a indicação de rastreamento, agende uma consulta.