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Câncer das Vias Biliares
(colangiocarcinoma)

O colangiocarcinoma é um tipo de câncer que se desenvolve nos ductos biliares, que são os canais responsáveis pelo transporte da bile do fígado para a vesícula biliar e o intestino delgado. Aproximadamente 50% são localizados próximo da confluência dos ductos biliares (denominados tumores de Klatskin), 40% são dos ductos extra hepáticos e 10% dos ductos intrahepáticos.

As principais causas do colangiocarcinoma ainda não são totalmente compreendidas. No entanto, alguns fatores de risco foram identificados. Pessoas com doenças hepáticas crônicas, como cirrose biliar primária ou colangite esclerosante primária e pacientes com cistos de colédoco têm um maior risco de desenvolver colangiocarcinoma. Outros fatores de risco incluem infecção crônica pela bactéria Helicobacter pylori, parasitas, exposição a substâncias químicas tóxicas, como produtos químicos industriais e pesticidas, histórico de cálculos biliares e histórico familiar de colangiocarcinoma.

Os sintomas do colangiocarcinoma podem variar dependendo da localização do tumor nos ductos biliares. No entanto, alguns sintomas comuns podem incluir icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos), perda de peso inexplicada, fadiga, dor abdominal, coceira intensa, fezes claras e urina escura.

A abordagem diagnóstica para o colangiocarcinoma pode envolver uma combinação de exames, como exames de imagem (como tomografia computadorizada ou ressonância magnética) para visualizar os ductos biliares e identificar possíveis tumores, exames de sangue para avaliar a função hepática e marcadores tumorais específicos, e procedimentos como a colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) ou a colangiografia percutânea trans-hepática (PTC) para obter amostras de tecido (biópsia) para análise.

O tratamento do colangiocarcinoma depende de vários fatores, como a localização e o estágio do tumor. Em muitos casos, a abordagem envolve uma combinação de cirurgia, radioterapia e quimioterapia. A cirurgia, quando indicada, pode incluir a retirada da via biliar extrahepática, parte do figado (hepatectomia) ou mesmo ser indicada uma duodenopancreatectomia com remoção dos canais biliares extraheoaticos em conjunto com a cabeça do pâncreas e o duodeno. Fora do Brasil, em alguns centros de referência e em protocolos de pesquisa, transplante de figado é indicado em casos selecionados. A radioterapia e a quimioterapia podem ser utilizadas antes ou após a cirurgia para diminuir o tamanho do tumor, destruir células cancerígenas remanescentes e prevenir a recorrência.

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